quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Whatever 2.0 - 4.

Eu esperava uma viajem confortável, mas realmente não foi.
Primeiramente porque uma menina chata sentou ao meu lado e ficou fofocando com as amigas do banco de trás. Segundo que o Math e o Diego estavam acompanhados. E nenhum dos dois falaram comigo! Eu realmente não faço questão que o Di fale comigo, mas o Math? Não seria uma função dele?
― Manu.. Aquele menino está olhando para você faz um bom tempo. ― a Amanda, Vanessa.. Ah, tanto faz o nome dela apontou para o Math.
Eu olhei pra ele que riu e se virou para a Roberta.
― Muito sutil hein.
― Sutil é meu sobrenome. ― debochei.
O tempo passou lentamente. Abri minha mochila e achei um caderno de textos que por um acaso esqueci de tirar. Passei rapidamente as paginas e então parei sem querer em uma que tinha a tradução de uma das minhas músicas favoritas. Comecei a ler e então senti uma dor. Algo inexplicável. Aquelas palavras que antes eram interessantes, agora eram quase impossiveis de ler. Talvez pela verdade que sempre esteve subscrita nelas. Respirei fundo e comecei a ler novamente:

Losing Grip - Avril Lavigne
Você tem idéia do que me faz sentir, amor?
Mas agora eu me sinto invisível pra você
Como se eu não fosse real
Você não sentiu os meus braços ao seu redor?
Por que você foi embora?
É o que eu tenho a dizer
Fui deixada lá pra chorar
Esperando lá fora
Sorrindo com um olhar perdido


Uma lágrima me impediu de continuar. E fechei o caderno colocando-o no fundo da mochila e fechando a mesma.
― Estamos quase chegando galera! ― a Mônica, nossa surpervisora favorita alertou à todos ― Vamos acordando, nos ajeitando e se preparando.
Minha mala estava perto da cadeira do Diego, porque era o único lugar que me restara. Nem cogitei a possibilidade de ir até ele. Não mesmo! Esperarei ele sair.
― Chegamos!
Esperei todos sairem, me levantei e fui em direção à cadeira dele. E para minha surpresa? Ele não tinha saido.
― Manu. Você está me evitando? ― ele disse com a mala em sua mão.
― Não. ― disse e peguei a mala evitando qualquer contato com ele e me virei.
― Espera! ― ele segurou minha mão e eu me virei.
― Que foi? ― disse olhando para o chão.
― Me desculpa?
― Tá.
― Não Manu. Sério! Eu vi que eu não consigo viver, respirar nem ao menos pensar sem estar ao seu lado. Sem saber que você é minha.
 

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