quarta-feira, 15 de julho de 2009

Whatever. - 01

Meu nome é Manuela -Manu-, sou mais uma adolecente daqui da cidade do Rio de Janeiro. A minha vida aqui já não é mais um drama, - até porque os dramas da minha vida, são normais hoje em dia - minha mãe morreu em um acidente de carro quando eu tinha apenas oito anos e meu pai é um paranóico, ele diz que só não me deixa estudar em escolas normais ou ter amigos pelo meu bem, mas eu sei que é por medo de me perder, como aconteceu com as minhas irmãs, minha irmã mais velha se casou cedo e se mudou para os EUA e a do meio diz que vai fugir com o namorado em breve, e eu é claro, sou a mais nova das três, e meu pai me prende, não me deixa namorar, não saio, não tenho amigas por culpa delas, como eu já disse. Hoje eu escolhi voltar a escrever aqui porque eu lembro que minha mãe dizia que a gente se sente melhor quando escreve o que sente, então aqui estou eu.
Depois de anos estudando em casa com professores particulares e depois de chorar, implorar e me rebelar, meu pai disse que poderei ir para a escola, não disse quando, mas estou vendo ele nesse momento procurando escolas e descobrindo quem as frequenta, bom, ao menos vou agora ter uma escola de verdade, não me importo como vai ser ou quem vai enfrentá-la apenas que vou finalmente ter a chance de conhecer alguém e uma escola de verdade.
- Manu, vem aqui um minuto.
- Sim, senhor!
- Pare de gracinhas e venha logo.
- Ok pai, mas porque está tão nervoso?
- Porque eu.. Achei a escola.
- Jura? Nossa pai, isso é i-n-c-r-i-v-e-l! Mas.. Porque está tão triste?
- Porque você acha que eu te protegi tanto tempo, filha?
- Porque você é um chato?
- Não, sério. Porque acha?
- Porque não quer que eu seja alguém na vida e que eu não saiba me comunicar?
- Manuela!
- Ok, porque não quer me perder e blá blá blá, certo?
- Sim filha, eu não quero te perder. Você é a unica coisa que restou na minha vida, como poderia te dividir com alguém?
- Pai, você nunca vai me perder, eu prometo. Não importa se eu namore, me case.. Você vai ser sempre meu pai, e eu sempre a sua filha. Eu te amo!
- Jura?
- Juro né!
- Ok, também te amo!
- Ai pai, você é tão bobo sabia?
- Sou é?
- Por pensar que um dia eu iria te largar!
- Verdade.. Bom filha - ele abriu um belo sorriso que eu não via faz um tempo - vá dormir, amanhã temos um longo dia comprando seu material, sua roupa de escola e todas essas chatisses. - ele fez uma careta.
- Paaaaaaaaaai, eu não acredito! Sério mesmo? - eu conseguia sentir o sorriso em meu rosto e minha vontade de gritar e pular.
- Sim filha, amanhã mesmo vou fechar sua matrícula.
Ele me abraçou e fui dormir. Ou melhor.. Tentar dormir. Eu estava cheia de ansiedade e me roendo, olhando o relógio de dois em dois minutos, até que ouvi o despertador do meu pai e acordei, me sentia meio fraca, estava sentindo muito frio mas num pulo só eu fui até o quarto dele, mas ele não estava ali, então, procurei meu pai na cozinha e não estava, depois na sala, no meu quarto, no banheiro, na sala de jantar, em todos os cômodos, ele fora sem mim? Cadê o meu pai? Então a porta abriu, e eu claro fui correndo vê-lo.
- Acordou né? Finalmente filha. Mas não se preocupe, o médico disse que não foi nada demais! Nossa meu amor, como você me deixou preocupado! Nunca mais faça isso comigo!
- Isso o que papai? Médico? - eu não estava entendo nada, o que aconteceu enquanto eu estava dormindo?
- É filha, eu já comprei os materiais e já te matriculei, mas não se preocupe, você só ficou dormindo dois dias.
- Dois dias? - eu gritei.
- Sim filha, eu fiquei preocupado demais com você, mas o médico disse que não era nada, então fique bem calminha meu amor.
- Ok papai, vou me arrumar, licença.
Eu não estava entendendo, o que estava acontecendo? Ou melhor, o que aconteceu? O que eu tenho é sério ou não é nada demais mesmo? Espero que não seja nada e...
- Filha, é hoje, corre! Esqueci de avisá-la! - meu pai gritou do andar de baixo.
- O que pai? - eu gritei para responde-lo.
- A escola!
- Escola?
- É, escola. - ele respondeu a minha pergunta que não era para ser respondida da porta do meu quarto. - Se arruma logo!
Entrei no banheiro e liguei o chuveiro.. Senti a água quente e depois só sentia o piso frio do chão.
- Manu, acorda!
Eu ouvia meu pai, mas não conseguia responder, muito menos abrir os olhos.

3 comentários:

Jonas Brothers disse...

Mto boa a historia!!
Parabééns!
Adoreii teu blog!
Continue assim!!
Bjs ;*

Unknown disse...

amiiiga irmãa!
está 10000000000, é a sua cara,coisa de tainá mesmo,hahahahha, ameeeeeei amiga!
minha loooca preferida!
teamoooo,beeeeeeeijos

mozart disse...

ameei seu texto. :D é história real? -n

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