sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Whatever - 14

Acordei com o barulho do meu pai deixando as panelas cairem, aquele sábado estava chuvoso e infeliz. Não era uma manhã muito agradável. Meu pai me deixou desde segunda em casa porque eu tinha desmaiado. Eu inventaria para ele que não foi nada. Mas eu não queria mesmo ver o Math. Como ele pode? Eu pensei que ele fosse meu.. Amigo. Nós nos conhecemos desde pequenos e ele já está aqui faz um bom tempo. Nisso que dá Manuela, confiar em todos. Depois de meu devaneio de meia-hora, levantei-me de minha cama e fui até o banheiro lavar meu rosto. Sequei ele com uma toalha de rosto que estava pendurada ali por perto e desci para ver o meu pai estava preparando.
- Nossa pai! Que cheiro gostoso. O que você tá fazendo ai, hein?
- Manu! Você acordou minha querida. É o nhoque só para dias especiais filhinha.
- Adoro ele! - eu ri - Que dia especial seria hoje?
- Hoje eu e o Fernando, pai do Matheuzinho completamos mais um ano de amizade!
- Nossa pai, que ótimo! - prefiri não pensar quanto tempo teria meu pai de amizade com o pai de Math.
- Você vai se animar querida! O Matheus virá aqui comer com a gente.
- Nossa pai.. Que ótimo. - fiz um sorriso forçado e me virei para subir.
- Ele gosta mesmo de você Manu.
- É.
- Eu gosto dele.
- É. - eu estava evitando muito mostrar a raiva que estava de Math naquele momento e se eu falasse algo a mais, concerteza me irritaria.
- Pai, posso trazer o Diego?
- Não acho que tenha muito a ver né Manu.
- Ah pai, para com isso. Ele é meu.. namorado! - senti um nó na garganta quando disse essa palavra.
- Verdade.. Ok, pode! Mas com uma condição.
- Qual? - me desanimei.
- Nada de beijinhos e nada de agarramento na minha frente. Entendido? - meu pai parecia um daqueles militares.
- Sim senhor! - fiz sinal de continência, seja lá o que isso significa na linguagem militar.
- Vai se vestir Manu! Mulher demora muito pra trocar de roupa e tomar banho, então vá logo e fala logo com o Diego.
- Tô indo.Subi as escadas correndo e peguei o telefone para ligar para o Diego. Digitei o número e esperei chamar.
- Alô?
- Oi. Eu posso falar com o Di.. Diego?
- Claro! Mas posso saber uma coisa antes?
- Pode sim!
- Você é a tal da Manu? Se não for, me desculpe. - ela deu uma risadinha.- Sou sim! E a senhora?
- A mãe do Diego.
- Olá senhora. Acho que não fomos apresentadas e..
- Sabe que fez o meu filho sofrer sua mulherzinha?
- Eu sei mas...
- Sem mas. O que quer com o meu filho? Quer faze-lo ficar mais uma vez preso no quarto por dias?
- Me desculpe, mas a senhora está entendo tudo errado. Não fui eu que terminei com o Diego. Ele terminou comigo! E tem mais, por nenhum motivo.
- É verdade isso?
- Sim!
- Me desculpe Manuela, eu não sabia. Você sabe como é mãe né?! Não pode ver filho sofrendo que já vai em cima. Perdão querida!
- Eu não sei como é mãe, me desculpe. Sem problemas, acho que eu entendo.
- Como assim? Ah, eu gostei de você mocinha! Vamos marcar de você vir aqui.
- Minha mãe morreu quando eu tinha 8 anos. Eu ficaria honrada em conhecer a senhora.
- Ah, meus pesames querida. Só um minutinho, vou chamar o Diego.
- Sem problemas.Ouvi o barulo do telefone batendo na mesa, eu creio, e a mãe de Diego chamando seu nome.
- Alô?- Oi Di! Sou eu.. Manu.
- Oi Manu!- É que eu quero que você venha para cá. Uma hora da tarde, poderia?
- Só um minuto.
- Sem problemas. - ouvi Diego sussurrando algo que nem me importei me ouvir.
- Posso sim Manu! Vou me arrumar. Afinal, já está quase na hora.
- Ok. Te vejo daqui a pouco. Te amo meu namorado prefirido. - eu deveria deixar claro que queria voltar com ele e não imaginei outra forma.
- Namorado? Namorado?! Voltamos? Ah Manu, te amo muito.
- Voltamos sim.. Também te amo! Vá se arrumar meu amor.
- Tô indo.
Desliguei o telefone e me troquei rápido. Assim que terminei de arrumar o cabelo, a campainha tocou, ignorei e continuei a me olhar no espelho.
- Manu, você me perdoa? - o Matheus estava ali na porta do meu quarto.
- Não.
- Porque? Olha, me perdoa. É que eu não pensei antes de fazer isso e eu nunca te atrapalhei com o Diego. Eu nem sei o que me deu, é que minha ex tinha me ligado naquele dia e brigado comigo e..
- Olha Math. Eu te perdoo, se me falar o que aconteceu com a sua namorada. - olhei para seus olhos e o abracei.
- Eu senti sua falta essa semana, porque não foi?
- Meu pai.. Você sabe.
- Entendo.
- Manu?
- Diego!
- Essa cena não me é estranha né? - eu disse. O Math riu e se aproximou do Diego como um amigo de velhos tempos.
- Dessa vez é sem brigas né Diego?
- o Math apertou a mão do Di.
- É Manu? - ele olhou para mim e balancei a cabeça.
- Sem brigas cara! - ele apertou a mão de Math.
Ufa. Pela primeira vez na minha vida algo deu totalmente certo! Talvez esse almoço não fora uma má idéia.
- Manuela! Ligue para a ambulancia. Seu pai está mal. - esse era o Fernando, pai de Math gritando desesperado do andar de baixo. Senti minhas pernas ficarem bambas e então cai. Acordada ainda, podia ver tudo. Mas não conseguia me mover. Isso só tinha acontecido comigo uma vez. Quando eu era pequena e fiquei sabendo que minha mãe tinha morrido. O que será que vai acontecer com meu pai? Nesse momento consegui ver o Math ligando para a ambulância e o Diego falando comigo. Tudo parecia estar em câmera lenta, como em um filme.
- Manuela, seu pai já está na ambulância, não se preocupe. - esse era o Di, o meu Di. Tentando me acalmar. Eu não conseguia responde-lo, por mais que eu desejasse.

5 comentários:

mariana disse...

omg :O
tadinha dela :z

Marina disse...

*-* oooooown tadinha dela :z +1
aaaaa eu quero saber o que ouve com o papi dela *-* DIEGO (L)

tatz disse...

é bobeira mas eu meio que chorei escrevendo o 15. o/ HSAUASHASU :(

Carla disse...

parece comigo, quando uma coisa está dando certo uma outra ruim acha um espaço na minha vida ¬¬
mas eu gostei da história ;)

Victoria disse...

To muito curiosaa.
Amei a historia.
Que dia vai postar o 15?

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